Uma equipe de físicos da Universidade Harvard (EUA) obteve um feito experimental comparado por especialistas a um passe de "magia quântica": o grupo mostrou que um pulso de luz pode ser interrompido, ter suas propriedades armazenadas em um conjunto de átomos e ser regenerado em um conjunto de átomos distinto e fisicamente separado do primeiro. No experimento, relatado na Nature desta semana, o grupo de Naomi Ginsberg lançou um pulso de laser sobre um condensado de Bose-Einstein – uma nuvem densa e fria de átomos com propriedades quânticas ainda pouco compreendidas. O pulso foi interrompido nos átomos do condensado, teve sua informação convertida em ondas de matérias e transferida a um condensado de Bose-Einstein independente, situado a 160 micrômetros do primeiro, no qual o pulso foi 'recriado'. O resultado é um passo importante rumo ao controle da transferência da informação quântica – um pré-requisito para a viabilização da computação quântica, apontada como o futuro do processamento de dados.
7/2/2007